A questão da desagregação das freguesias de Paços de Ferreira, Modelos, Sanfins, Lamoso e Codessos continua a gerar controvérsia entre o Partido Socialista (PS) e o Partido Social Democrata (PSD) de Paços de Ferreira.
O PS de Paços de Ferreira, em comunicado, acusou o PSD de ter votado, em conjunto com o Chega, contra a desagregação das referidas freguesias, considerando-a um “claro desrespeito pela vontade expressa da população”. O partido afirmou que a desagregação é essencial para o “desenvolvimento local” e para uma gestão mais próxima das necessidades dos cidadãos, acusando o PSD de “ignorar as vozes das populações”. O PS também congratulou as freguesias de Frazão e Arreigada pela desagregação alcançada, ressaltando que essa decisão “respeitou a identidade e a autonomia local”. Em resposta, o PS apelou à mobilização dos cidadãos para exigir uma representação política mais atenta às suas necessidades e desejos.
Por outro lado, o PSD de Paços de Ferreira, em comunicado, contestou a acusação do PS e explicou a sua posição, afirmando que nenhum partido, incluindo o PS, PCP, PSD e Chega, aprovou as propostas devido à “insuficiência técnica dos processos apresentados. A responsabilidade pelos processos mal instruídos recai sobre a Câmara Municipal, liderada pelo Dr. Humberto Brito, que falhou em garantir a sua qualidade técnica, prejudicando as populações”, afirmou o PSD.
O partido também explicou que, apesar disso, votou favoravelmente a desagregação de Frazão e Arreigada, apoiando as legítimas aspirações das populações. Contudo, criticou a gestão do processo pela câmara municipal, sugerindo que o presidente “assuma responsabilidades e reúna com as juntas de freguesia para corrigir as falhas técnicas”. O PSD concluiu o comunicado dizendo que já solicitou uma reunião urgente com o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares.